sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

UMA ENCICLOPÉDIA CHAMADA NILTON SANTOS

   Como cresci lendo a Revista Placar, acabei me familiarizando com os grandes nomes e imagens dos jogadores de futebol do Brasil e do mundo. Tantos os atuais quanto os que já haviam encerrado as suas brilhantes carreiras. Me fascinava ler as histórias de vida de cada cara, que quando se vestiam de craques nos gramados, eram aclamados e respeitados por torcedores, inclusive os rivais.
   Muitos deles, que fizeram parte das seleções campeãs de 58, 62 e 70, recebiam até apelidos por seus feitos. E isso me chamava a atenção, pois estes apelidos me lembravam títulos de filmes, livros...
Amarildo era O Possesso. Pelé, O Rei do Futebol. Garrincha, O Anjo de Pernas Tortas ou A Alegria do Povo. Jairzinho, O Furacão da Copa (de 70). Zico, O Galinho de Quintino. E Nilton Santos, A Enciclopédia do Futebol. Este, era um dos que me chamavam mais a atenção. Como um lateral-esquerdo poderia receber uma perífrase tão interessante? Anos depois, quando passei a ler mais sobre ele em particular e a assistir suas entrevistas é que fui entender o porquê da "Enciclopédia". Era por causa da sua inteligência que constantemente era usada nas jogadas, muitas vezes, para desconsertar o adversário.
   Apaixonado pelo carioca Botafogo, time da Estrela Solitária, a ponto de dedicar todo o seu talento por dezessete anos, demonstrava seu amor em campo e em palavras: " Assinei três contratos em branco, no auge da minha carreira. Era uma prova de amor. Faria tudo de novo. Tudo o que sou devo ao Botafogo. Só vesti duas camisas na vida: a do Botafogo e da Seleção Brasileira." 
   Das histórias de sua época de jogador, as mais marcantes, pra mim, são a da sua influência na contratação de Garrincha e daquela lance antológico, em que ele deu dois passos para fora da área, evitando o juiz de marcar um pênalti contra a Espanha.
  Esse tipo de amor, raríssimo em dias atuais, que se recusa a vestir outro uniforme por uns trocados a mais, vai fazer falta daqui pra diante com sua morte.





"Tu, em campo, 
parecias tantos,
e no entanto,
que encanto! 
Eras um só,
Nilton Santos."

(Armando Nogueira)



Brasilino Júnnior, 28 de novembro de 2013.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

NÃO PERGUNTE A MINHA IDADE

Aprendi que não existe crianças, adolescentes, adultos e idosos. Não há idade. Não há novo. Não há velho. Existem idades, mas a fronteira que os outros dão a cada uma delas não, necessariamente, precisa ser a mesma que você dá a sua.

A biologia da vida nem sempre respeita a cronologia do tempo. Ou vice-versa. O novo nasce "velho" e o velho ainda é "novo". Na forma e no conteúdo. No corpo e na alma.

Para quê contar a idade, se você sonha com a eternidade? Para quê contar aos outros sua idade, se o que vai contar é a sua (falta de ) maturidade?

A quantidade de aniversários comemorados nem sempre acompanha os nossos passos. Para alguns, os passos estão bem adiantados. Para muitos, eles ainda estão atrasados. Depende do que cada um recebe da vida.





Brasilino Júnnior, 26 de novembro de 2013.





"É melhor ser velho com cara de novo do que novo com cara de velho." (Brasilino Júnnior, na infância)

"Viva a sua vida e esqueça a sua idade." (Francis Bering)

"Números são apenas números! Só pergunto a idade pra saber o tamanho da mente." (Felipe Ferreira)

"Sou jovem pra ser velha e velha pra ser jovem." (Sandy Leah)

"A mais tola das virtudes é a idade. Que significa ter quinze, dezessete, dezoito ou vinte anos? Há pulhas, há imbecis, há santos, há gênios de todas as idades." (Nelson Rodrigues)

"Eu sou aquela pessoa que não aparenta a idade que tem. Nunca me incomodei, as outras pessoas sim." (Brasilino Júnnior em Eu Sou Aquela Pessoa, 24/11/2009)

"Idade é para carteira de identidade." (Brasilino Júnnior, 11/05/2010)

"Velho eu? A idade é só um número!" (Brasilino Júnnior, 2012)

"Idade nem sempre denota maturidade." (Brasilino Júnnior, 26/07/2013)

"Hoje já não faço anos. 
  Duro.
  Somam-se-me-dias.
  Serei velho quando o for.
  Mais nada."

  (Álvaro de Campos)

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

MEMÓRIAS DE UMA MEMÓRIA SOLITÁRIA

Hoje acordei com uma notícia boa: Solitude, um texto de minha autoria teve, exatamente seis meses depois de escrito, 46 reblogs no Tumblr da Jéssica Zampieri, do estado de São Paulo (http://trechosdaliteratura.tumblr.com/). É um dos meus preferidos e lembro como e quando o escrevi, naquele fim-de-semana solar e solitário. Gosto dele porque tive a felicidade de escolher as palavras certas para expressar no papel aquilo que passeava em meus pensamentos. Talvez tenha sido isso, essa precisão textual, que tenha agradado a estas 46 pessoas, pois ele não é um “texto coletivo”, muito pelo inverso, é bem pessoal até! E pensar que ele quase foi para o ralo…
   Com a preguiça de buscar um papel e uma caneta, escrevi de onde eu estava, num quase descarregado celular. A bateria, já bem comprometida, não suportou as primeiras palavras e deu um “até mais”. Eu, sem mais, corri à procura da primeira folha virgem que encontrei na mesa e consegui passar para o papel em branco exatamente as mesmas palavras, pois elas ainda estavam vivas em mim.
    Solitude fala de algumas mudanças (algumas delas contra a minha vontade) que sofri desde a infância até aqui, das mudanças tecnológicas que interferiram nos meios de comunicação e de como a maioria das pessoas não aprenderam ainda a fazer o bom uso disso.


Brasilino Júnnior, 18 11 13.

domingo, 20 de outubro de 2013

CONVERSA LITERÁRIA DE UM POETA (BRASILINO JÚNNIOR)

                                                           
                                                                                                             
                                                                                                              
1.INÍCIO
Acho que a poesia foi o que de melhor me aconteceu naquela fase e muito me estranha que até hoje ela esteja comigo depois de dez anos. Na verdade, eu queria apenas pôr no papel, muitas vezes até em forma de desabafo, aquilo que eu estava pensando e vivendo naquele momento. Depois disso, eu pretendia seguir minha vida como qualquer pessoa que buscava sua independência pessoal e profissional após o ensino médio. Não acreditava mesmo que aquele hobby se tornaria algo fundamental na minha vida.
2.ESCREVER POESIAS
Acredito que qualquer pessoa seja capaz de criar uma poesia, mas acho que quando se tem um dom, as coisas ficam bem mais fáceis, mesmo que este se desenvolva na fase adulta, que foi o meu caso. Com 13 anos eu fazia músicas (letra e melodia) e nessa época eu pedia a Deus que ele me desse a capacidade de criar uma somente. Eu tinha a ingenuidade de pensar que este universo da arte não era para mim. Como eu me contentava com pouco, acho que por isso Ele me deu o talento para eu ir mais além e hoje eu vejo isso como uma missão.
3.MODO DE CRIAÇÃO
Não tenho método. Não tenho horário. Nasce tudo naturalmente, bem espontâneo. Gostaria muito de escrever quando eu quisesse e para quem eu quisesse, mas sou guiado pela inspiração. E na maioria das vezes sou pego de surpresa: às vezes quase dormindo, caminhando pela rua, andando de bicicleta, sem um papel ou caneta próximos. Às vezes penso que tenho que andar sempre com um bloquinho no bolso, mas acho que isso vai me deixar mais automático, sempre esperando por aquilo que talvez não venha. Mas tem funcionado assim desde sempre, melhor deixar como está. Eu memorizo os versos até chegar em casa, se for preciso. Minha fórmula é não ter fórmulas.
4.TEMA PREFERIDO
Eu sinto que as pessoas, de uma forma geral, tem uma enorme preocupação em buscar rótulos nas coisas, nas pessoas, na arte… Se alguém usa um determinado tipo de roupa ou ouve um determinado estilo musical, as pessoas apontam quando elas mudam isso, de alguma forma, num belo dia. Essa busca de uma identidade é até válida em alguns pontos, mas acredito que ninguém deve se limitar e ficar preso a algo a vida inteira, quando elas podem experimentar outras possibilidades. No meu caso, já me perguntaram muitas vezes qual é o tema que eu mais exploro. Quando digo que não tenho, alguns até insistem afirmando que todo poeta tem sempre algum que ele goste mais. Alguns temas meus são bem específicos: chuva, sol, saudade, amizade, Deus, felicidade, solidão… Mas eu percebo que é uma minoria, da mesma forma que percebo que em um só poema estão vários temas ali. Um bom exemplo é o sol, que se faz presente em muitos versos das minhas poesias, ora como o centro da conversa, ora como parte do cenário apenas. Mas pondo um olhar mais clínico em toda a obra, eu acho que o meu forte é a crítica social (normal para quem ouve rock, reggae e rap), a coisa de mudar o mundo, melhorar a nossa realidade. Ou, fazer com as pessoas reflitam em algo que faz parte da vida delas também.
5.POESIA PREFERIDA
Essa é uma questão que não há resposta. Ainda mais eu, que não me limito a somente um tema. Se já é complicado escolher a minha preferida de cada tema, imagina escolher a preferida de todas. E seria até injustiça da minha parte fazer essa escolha, até porque todas elas, de alguma forma, tem a sua importância para mim.
6.INSPIRAÇÃO
Acho a inspiração primordial, não só na poesia, mas em qualquer outra arte. Mas antes dela tem que vir o sentimento. A poesia não nasce quando você a escreve, ela nasce a partir do momento em que ela passa a viver dentro de você. Aí, pode ser qualquer coisa: amor, ódio, alegria, tristeza… Quando a caneta resolve encontrar o papel, na verdade, ela simplesmente transfere o que estava criando raízes no coração. Como uma criança, ela vem ao mundo no tempo certo. Nem antes, nem depois.
7.RIMAS
No início, eu achava que poema sem rimas não tinha muito valor. Hoje, acho isso uma bobagem, tanto que procuro escrevê-los com poucas rimas, mas não consigo. Antes de terminar o final de um verso, já estou buscando na mente uma outra que rime com aquele. Mas, a maioria das minhas rimas vem naturalmente mesmo. Eu não faço muito esforço para que isso ocorra.
8.MUSA INSPIRADORA
Poeta que se preze deve ter, ao menos, uma. Mesmo que ela nem saiba da sua existência. Mesmo que ela não leia poesias. Não sei para quantas já escrevi, embora não tenha sido muitas: da minha mãe à minha sobrinha, de meninas que conheci pessoalmente a outras que não tive oportunidade de conhecer. Depois de tantos anos, cheguei a conclusão de que muitas são inspirações, poucas são musas.
 No entanto, é sempre bom escrever algo sobre as mulheres, mesmo que isso não agrade a algumas. Apesar de um número considerável no currículo, escrever poemas sobre a beleza feminina é um desafio e tanto, pois ao mesmo tempo em que cada uma delas tem uma característica própria, todas têm algo em comum. E é aí que entra o desafio de não se repetir nas palavras. Quase todas as “minhas” musas têm o nome como título do poema. Algumas não tive a chance de mostrar ou sequer falar da existência, mas tudo bem...
 9.POETA PREFERIDO
Eu frustro muita gente quando me perguntam qual é o meu poeta preferido e eu não tenho resposta. Eu comecei a escrever mesmo impulsionado pelos caras letristas do rock nacional. Vem daí minha influência, embora eu não queira ser comparado a nenhum deles, porque cada um tem seu modo de se comunicar e eu nunca tive a pretensão de imitar o estilo de alguém, só queria também ter o direito de me expressar com a caneta e o papel, já que eu não sei cantar e bem menos tocar algum instrumento musical. Essa foi a maior lição que aprendi no rock’and ‘roll. Mas fora estes, eu gosto de muitas coisas que li avulsamente do Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana e Clarice Lispector, pra citar alguns. Há uns dois anos conheci a Clara Mello e sou apaixonado pelo jeito dela de escrever. A poesia Clara que escrevi é uma singela homenagem a ela.
10.PARCERIAS
Não sei se antes de mim, alguém já escreveu poemas fazendo parcerias com outras pessoas. Eu, pelo menos, nunca ouvi falar. Mas, o fato é que já escrevi com três meninas. A primeira parceria rolou casualmente em junho de 2012 com a Angelina Fernandes. Era uma mensagem de aniversário para uma amiga em comum, chamada Rosinete Cristina. Eu achei bonita e quando li aquilo me veio no mesmo instante idéias de continuação. Eu escrevi e então perguntei a ela se eu poderia fazer uma poesia a partir daquelas palavras. Depois que ela me autorizou, eu confessei que já estava pronta há muito tempo e deixei pra ela a responsabilidade de dar o título, que, inteligentemente, ela chamou de Céu Azul. A segunda parceria foi uma coisa pensada e foi com a mesma Rosinete. Nós já tínhamos combinado de tentar criar algo juntos antes dela chegar aos 18 anos (porque quando a Angelina nos apresentou ela tinha 16). O interessante é que a poesia que a gente criou é bem diferente de tudo que eu já fiz, é bem fictícia e fala de uma menina que sofre por amor em silêncio e a história não tem um final feliz. Eu comecei os primeiros versos, daí ela fez o meio e eu finalizei. O título, que ela preferiu que eu escolhesse, se chama Melancólica. Antes da gente pensar nisso, eu a convidei para fazer o prefácio do meu livro. Já a terceira parceria é com uma escritora de mão cheia, não sei a idade dela, mas ela é bem mais nova que a Rosinete quando nos conhecemos. Ela se chama Evelin J. Mendes e apesar da pouca idade, escreve como gente grande. Um belo dia (ou noite) ela perguntou se eu gostaria de ler algumas frases dela. Ela me mostrou não frases, mas uma espécie de poema inacabado de apenas uma estrofe de três versos. Daí, eu li aquilo e achei demais, porque até então só conhecia os textos dela. No mesmo dia eu dei mais um verso para aquela estrofe e fiz mais uma, também de quatro versos, também sem ela saber. Dias depois, eu falei que havia feito algo com as ”frases” sem a permissão dela e não sabia qual seria a sua reação. Antes de mostrar pra ela, pedi desculpas pela ousadia, mas ela gostou muito, achou perfeito. Por ela, a obra acabaria ali, mas eu prefiro que a gente dê ao menos mais uma estrofe antes de criar o título. Fora estas parcerias citadas acima, já combinei duas com um rapper chamado Front MC. Uma letra minha eu ofereci a ele e a gente está à procura de uma menina que cante, já que eu escrevi Se Não For Por Amor para uma voz feminina. Ele ainda vai fazer a parte dele nessa composição e a minha parte vai virar “refrões que não se repetem”, acho que o Rap é um dos estilos musicais que mais usam esse tipo de recurso. A segunda parceria partiu dele quando me convidou pra eu recitar uma poesia minha (Profissão: Poeta) dentro de alguma faixa do primeiro trabalho dele. Vou me esforçar pra que essa minha participação saia da melhor forma possível. Com exceção das duas primeiras, acredito que com o tempo, a gente escreva outras coisas, assim espero.
11.DIVULGAÇÃO
Eu mesmo me divulgo. Quer dizer, as minhas poesias. E pra quem não é conhecido, eu sou até bem conhecido. Ando sempre com alguns escritos na mochila e mostro ou leio para as pessoas na base da cara-de-pau. Com isso, até conheci um artista plástico que se ofereceu pra criar a capa do meu primeiro livro, já li uma poesia numa rádio, numa igreja no final da missa na véspera de Natal, fui chamado pra participar pela poetisa Sandra Regina de São Paulo a fazer parte de um grupo de compositores desconhecidos do grande público...  E também fui convidado de uma poetisa para me apresentar na Feira do Livro de São Luís. Mas, como ela sugeriu que eu declamasse ao invés de ler, eu acabei não topando. Primeiro porque não gosto e nem sei declamar teatralmente e segundo porque o meu poema que ela escolheu era bem ruim de decorar e declamar, porque tinha que subir e descer o tom da voz a cada verso e fora que ele é bem triste também, já que trata de racismo. Era muita coisa para eu aprender em poucos dias. Da mesma forma que foi um passo maduro eu ser convidado, também foi um passo maduro eu não ter ido, porque eu sei dos meus limites e não gostaria de apresentar um trabalho só por vaidade. Apesar da maioria não ter entendido a minha postura na época, eu fiz o que era certo. Mas, eu fiquei muito honrado pelo convite.
12.VERSOS NOS OUVIDOS
Eu criei esse projeto em 2011, mas nem tinha nome e ele nasceu sem essa pretensão de ser o que ele se tornou hoje. Oficialmente, já teve quatro edições (Dezembro-2012, homenageando o Natal; Março-2013, homenageando o Dia Nacional da Poesia; Julho de 2013- homenageando o Dia Mundial da Amizade e a última encerrou ontem, que homenageou o Dia do Poeta). O Versos Nos Ouvidos consiste basicamente em eu ligar para o maior número possível de pessoas dentro de um prazo e ler pra elas uma poesia escolhida especialmente para aquele evento. Apesar de não ser um leitor nato, a maioria dos ouvintes gostam da idéia e eu recebo deles muitos elogios, o que dá um impulso pra eu continuar com isso, talvez incluindo poemas de poetas já consagrados. Não tenho o número exato de ouvintes nesses dois anos, porque nunca parei pra contar. Mas a reação de cada ouvinte em particular não tem preço. Merecia um capítulo à parte só pra contar essas histórias. A meta daqui pra diante é atingir pessoas de estados que eu ainda não cheguei. 
13.FÃS
Não gosto muito do termo fã, prefiro chamá-los de leitores. Soa engraçado até, já que ainda não tenho nenhum livro publicado. Mas algumas pessoas já me confessaram que são meus fãs, porque se identificam, gostam do que eu escrevo e de como eu escrevo. O interessante é que alguns nunca me viram pessoalmente. Mas os telefones e as redes sociais estão aí pra isso: para encurtar as distâncias. E basicamente, todos estes “leitores” que conheci através da minha arte se tornaram amigos, próximos de mim. Alguns até me mostram algo que escrevem pra saber o que eu acho.
14.ENTREVISTA
Os meus amigos e as pessoas que eu conheci através da minha poesia me perguntam tantas coisas que eu já me sinto um entrevistado. Mas, entrevista formal mesmo só tive uma, ano passado para um blog da então adolescente Amanda Caroline, do Rio de Janeiro. Até hoje eu agradeço a ela por essa oportunidade que ela me deu, pois muita gente pôde conhecer um pouco da minha trajetória e só chegaram até a mim críticas boas. Foi tudo muito rápido: ela prometeu que ia me entrevistar numa quarta e dois dias depois ela chegou com as perguntas, sem eu saber. E na mesma noite ela publicou. Fiquei muito surpreso porque a tal entrevista pra mim, ia rolar, sei lá, quando eu tivesse um livro publicado. E, no final de tudo, foi bom pra mim e para o blog dela. Que por sinal, é uma honra estar ali, primeiro porque eu já era fã dele bem antes da entrevista e segundo porque a poesia não é o que ela dá mais destaque em suas resenhas. E mesmo assim, ela fez boas perguntas. Porque eu não sabia nada do que ela iria me perguntar.
15.LIVRO
Ainda não tenho livro publicado. Tenho material para, no mínimo, uns três livros. Mas, ao menos um de poemas eu quero ter. Embora eu escreva muito, não quer dizer que todos são bons e que sejam dignos de estarem presentes ali, em alguma página.
16.EDITORAS
Sinceramente, eu não tenho a menor vontade de procurar por uma. Tenho receio de ficar refém de algumas pessoas que só visam lucros e perdem o foco principal, que é a arte. Temo assinar algum papel que autorize alguém de terninho a mandar posteriormente naquele trabalho que eu fiz sozinho. Por outro lado, não escrevo de um jeito acadêmico, clássico. Acho que não agradaria a nenhuma editora. Também não quero um livro meu com uma série de nomes de lojas e empresários na parte dos agradecimentos. Nada contra quem faz esse tipo de parceria, mas eu futuramente, não gostaria de ver um livro meu mais parecido com um abadá. Acho que bancar a própria arte tem mais a ver com aquilo que eu acredito enquanto artista. É um caminho complicado, é verdade, mas lá na frente vai valer a pena ter derramado tanto suor.
17.INTELECTUALIDADE
Eu tenho facilidade em escrever palavras que eu não falo. E dificuldade em falar palavras que eu escrevo. Não sou um intelectual, do tipo burguês que “fala difícil e escreve difícil”. Eu gosto de escrever simples, embora a intelectualidade também se encontra na simplicidade. Procuro escrever de um jeito que qualquer pessoa entenda de imediato, sem precisar recorrer a um dicionário. Eu faço a poesia que eu compraria. A palavra poeta tem um peso enorme e acho que isso faz com as pessoas me vejam como alguém superior a elas. Eu sou uma pessoa comum e não me considero melhor que ninguém. Apenas escrevo, uma atividade que muita gente faz nesse mundo. Acho que o fato de escrever poesias me faz mais humano até, pois todos os sentimentos passam pela minha caneta.
18.HISTÓRIAS DE POESIAS
Eu tenho um blog com este nome onde publico histórias de poesias das minhas poesias, da motivação inicial que nasceu em mim para que eu pudesse escrevê-las. Eu tenho dificuldade de explicar porque escrevi tal coisa. Em algumas, eu mesmo demoro pra me entender porque eu escrevi aquilo. Na verdade, nem sei se devo ficar explicando a todo momento o porquê de cada vírgula. Mas, de qualquer forma, me serve como um exercício mental escrever cada uma dessas histórias e ficar relendo-as depois de algum tempo. Convidei algumas pessoas que fazem parte dessa minha vida literária pra participarem dele. Como a maioria me abandonou quando eu tava prestes a colocá-lo no ar, eu resolvi seguir sozinho com ele. Costumo dizer que ele é o blog mais poético da internet: Tem céu azul, é florido como o jardim e inocente como um sorriso de uma criança.Eu sei que ele não é, mas tento guiá-lo sempre nessa linha.  Ele tem pouca divulgação e acompanhamento, mas para a minha surpresa, a história sobre a poesia Brenda tem mais de 300 visualizações. Há também nele um texto-poético que a Angelina escreveu especialmente pra mim e duas entrevistas: uma com a minha mãe Maria Augusta e outra com a Cristiana Pereira, que gentilmente aceitaram o convite para serem entrevistadas.
19.10 ANOS
Passaram-se muito rápidos estes anos. Parece que foi ontem que tudo começou. Aprendi muito nessa década e as mudanças vieram à medida que eu escrevia. Como eu escrevia muito no início, a ponto de encher três cadernos pequenos, a maturidade no texto veio cedo. Na época, não achava nada demais, mas hoje quando leio alguns versos de 2004, por exemplo, vejo coisas geniais ali, pra quem tinha visto e vivido poucas coisas da vida. Sinto saudades dos primeiros anos, onde eu escrevia sem a preocupação do que os outros iam pensar ou dizer, embora eu não tenha abandonado esta postura nos dias atuais.
20.DIA NACIONAL DA POESIA
Descobri que nasci nesse dia arrumando os meus cartões telefônicos que colecionava. Lendo um deles, vi que o Dia Nacional da Poesia tinha sido escolhido para este dia porque foi nesta data que o poeta Castro Alves nasceu. Mais interessante nisso é que ele, como baiano, também é nordestino e lutava com sua poesia em favor dos negros escravizados. Hoje sou mais empolgado do que na época desta descoberta. É uma coincidência incrível. No meu último aniversário, foi o primeiro que as pessoas fizeram essa associação. Acho que umas cinco pessoas me lembraram esse fato, que eu não nasci no dia certo, que eu sou poeta e poesia... De fato, tem um sabor especial para um poeta nascer no dia em que se celebra a Poesia em seu país!
MENSAGEM PARA OS NOVOS POETAS
Eu não me acho a pessoa mais certa para aconselhar quem tá iniciando, eu me vejo como um aprendiz até hoje. Mas eu digo que se você agrada a si próprio com o que você cria e se sente bem, acho que isso vai chegar também nas demais pessoas da mesma forma. Principalmente quando há ali nos versos muita verdade e sinceridade.





(Brasilino Júnnior)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

ENTRE NÓS



Depois que leu Final De Um Poema, uma leitora e seguidora deste modesto blog, me escreveu isso: “Cara, sem palavras, parece que foi escrito pra mim, é exatamente o que se passa na minha vida neste exato momento... Simplesmente perfeito!!!! “(19 09 13)
Cinco dias depois ela me falou que havia usado uma frase minha e escrito algo e me mandou perguntando se tava bom. Eu gostei da referência e do texto, tanto que estou postando hoje aqui no DLP...



"Algumas pessoas são como drogas. No início a sensação é boa e te faz se sentir bem. Te faz ficar viciado e você percebe que não pode mais viver sem, então começa a te fazer mal e você sabe que precisa se livrar disso, mas é um processo doloroso e a recuperação leva tempo. Mas depois de superado o vício você percebe que é possível continuar sem a droga. Mas nunca esquece a sensação que ela te traz..."
Aline Cristine

terça-feira, 20 de agosto de 2013

FISICAMENTE FALANDO


Quando estou com os olhos dentro das páginas de algum livro ou com os ouvidos entretidos em um fone ouvindo música, raramente sinto-me só. Se pensar bem, eu nem estou mesmo sozinho. A literatura e as letras cantadas têm este maravilhoso poder de nos fazer companhia quando estamos fisicamente solitários, quer seja numa praia, praça ou na sala de casa. Lugares onde um dia você esteve acompanhado de pessoas e vozes.
Deus, quanto tempo perdi! Quantos autores e cantores eu apenas cumprimentei e parti, em busca de rostos que nunca me deram oportunidade apenas de olhar em seus olhos. Ou, simplesmente perguntar se a vida ia bem. Mas hoje não. Hoje não dou mais este prazer àqueles que nem sequer merecem a minha saudade. Se ela lembrar que eu ainda existo, logicamente, não irei rejeitá-la da mesma forma que fui descartado.
Quando você sentir a falta da minha presença, saiba que não sumi da sua vida. Apenas respeitei o teu desejo de não me ter por perto, certo?




Brasilino Júnnior


São Luís-MA, 19 de agosto de 2013.






domingo, 11 de agosto de 2013

PRÓXIMOS DOMINGOS

Um Feliz Dia dos Pais para o melhor pai que conheço! Obrigado pela responsabilidade de carregar seu nome no meu!
Obrigado pela sua presença em minha vida, mesmo quando estamos distantes um do outro, ligados apenas pelas lembranças.
Muito do que eu sei hoje, aprendi mais com você do que na escola, independente do assunto (política, futebol, música, trabalho, personalidades).
Que possamos prosear muito ainda nos próximos domingos de agosto, setembro, outubro...


Do seu 10º filho Brasilino Jr.
10/08/13-11:51pm
São Luís-MA 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

MEU INVERNO NÃO É TRISTE


Continua chovendo… Está frio! Não irei sair para lugar nenhum, eu gosto de chuva. O dia está lindo! Quem me dera fosse sempre assim: Eu aqui, sentada na sala, olhando através da janela a força dos pingos d’água se arremessando ao chão. Mas, sei aproveitar o momento, pois, mesmo sem nuvens, o céu é contemplável. E então, minha alma se enriquece daquela visão e me faz esquecer-me por alguns instantes dos problemas que me aparecem.

Admirável é em mim este poder de parar para visualizar a natureza. Não importa qual ela seja. Independente da sua estação. Eles não são como nós, poeta, que só sabem escrever a palavra verão em suas agendas, nos seus cadernos de anotações. Gritam pelo sol como um esfomeado, sedento por comida. Mas, quando este surge com seus raios intensos beijando suas faces, buscam apressadamente um esconderijo, como a sombra mais próxima de uma centenária árvore.

Ainda bem que eu não sou assim. Ainda bem que nós não somos assim. Pois aprendi desde cedo que não é a cor do céu que interfere em nossos sentimentos. Somos nós que decidimos como vamos nos portar diante do calor ou do frio. Ainda é 09 :36 da manhã deste sábado. Diferente dos outros, não irei me entristecer se o dia for inteiro assim…




FIM




Autores: Ivaniely Morais e Brasilino Júnnior 

domingo, 21 de julho de 2013

FELIZ DIA DO AMIGO




Os meus amigos devem estar escondidos em algum lugar, ainda não os encontrei. Não sei o que tem feito mudar o conceito de amizade nas pessoas. Amigo tem sido cada vez mais raro e se não estivesse falando de seres humanos, acho que encontraríamos um no museu ou em algum antiquário.

Gostaria muito de saber o que as pessoas tem colocado no lugar deste sentimento que, para muitos, é mais importante que o amor. Talvez um Ipod ou um Ipad. Ai de mim, que guardo princípios que poucos ainda conservam nos dias atuais.

Aqueles a quem contávamos nos dedos de uma só mão, nos frustram de alguma forma a ponto de me fazer pensar que nem só os medicamentos contém prazos de validade! E aquele “camarada” que ia à sua casa e te considerava um irmão, nem te cumprimenta mais com a mão. Quem te deu nota 10 no bimestre passado, não te dá nem um 5 neste, mesmo você acertando todas as questões daquela matéria. O companheirismo me parece que perdeu de vez a sua vez para o sempre convencido individualismo.

Uma conversa como aquela não mais se repetirá. Entenda que simplesmente seu prazo acabou e você precisa se reciclar para, um outro alguém, agradar. Não se entristeça se a mesma pessoa que dizia “eu te amo” não te diz mais nada, nem uma palavra. Você não é o único, se te serve como consolo.

Quem me ligou ou fez questão de me dar um abraço no 20 de julho do ano passado não apareceu este ano. Tenho motivos para pensar que quem me chamou de amigo neste ano não surgirá no próximo…

Um por um e todos por nenhum…



Feliz Dia do Amigo para quem foi um dia meu amigo.



Brasilino Júnnior, 20 de julho de 2013, 10:50 pm

segunda-feira, 17 de junho de 2013

SOLITUDE

                                                        


Com os olhos fixos no céu por algum tempo, minha visão escureceu quando voltei meu olhar para dentro de casa. Costumava fazer isso antigamente. Atualmente, pouca coisa ficou. Os anos passaram e levaram muito do que eu era: Eu não usava óculos; os pequenos cachos enrustidos deram lugar a tranças grandes. Era comum um boné na cabeça. Hoje sou mais adepto dos gorros. Ainda gosto de ler e escrever e ouvir música, além de procurar desenhos nas nuvens. Muitos dos meus K7's estão dando vida a poeiras dentro de alguma caixa esquecida. Acredito que leio menos do que antes e minha caligrafia mudou freqüentemente. Nunca mais recebi uma carta destinada a mim. Os meios de comunicação mudaram. No entanto, os erros de português eram autênticos, diferentemente de hoje, em que escrever errado, propositalmente, é quase uma lei. Outorgada por alguém que desconheço e por um motivo que ignoro. Independente disso, tenho muitos contatos (perfis em redes sociais e números na agenda telefônica), mas poucos contatos (comunicação). Eu deveria sentir-me menos solitário agora do que quando eu tinha apenas 9 anos.




Texto: Brasilino Júnnior.
São Luís, 15,16/06/13. 

quarta-feira, 27 de março de 2013

MEU POETA PREFERIDO NUNCA ESCREVEU UM LIVRO



 Pelo fato de escrever poesias, é comum as pessoas me perguntarem qual é o escritor que mais admiro. Para não deixar ninguém sem resposta, eu acabo citando alguns. Pois, na verdade, não tive oportunidade de ler tantos livros do gênero, a ponto de criar afinidade por algum poeta.
 Sem dúvida alguma, onde mais recebi influência para escrever foi na música, uma parente não muito distante da poesia. Sempre gostei de ler letras de músicas, independente do cantor ou gênero. Quando o encarte do CD é composto apenas por fotos e informações básicas, fico até desapontado, pois algumas palavras quando cantadas lembram outras palavras, e a canção, às vezes, ganha um outro sentido, quando não perde o único que ali existe. Vindo deste princípio, os álbuns musicais eram na minha infância e adolescência, como livros, tamanha era a viagem que eu fazia trancado no quarto.
 Neste período, comecei a gostar das letras das bandas do rock nacional. Das que surgiram nos anos 80 e 90, gosto de quase todas. Algumas mais, outras menos. As músicas de protesto foram as primeiras com que me identifiquei. Acho que por isso abracei o rock and roll, pois neste sentido, ele traduzia muito do que eu pensava como cidadão comum. Destas, a que mais me impressionou foi a brasiliense Legião Urbana. Eu já conhecia algumas canções (Eduardo e Mônica,  Faroeste Caboclo, Há Tempos, Pais e Filhos) que costumavam tocar no primeiro rádio a pilha que meu pai me deu, lá nos meus 8 anos de idade. Mas, nesse período eu não sabia o nome de muitos artistas.
 Somente cinco anos depois, quando tive acesso ao terceiro disco deles que minha vida nunca mais foi a mesma. Ao ler aquela primeira estrofe de Que País É Este?, percebi que tinha ali uma nova possibilidade, um novo caminho para encarar a vida. Era rebeldia, mas não era uma rebeldia vazia (tatuagens, piercings e roupas pretas), era uma rebeldia de dentro pra fora, com poesia (letra) e melodia (voz, violão, guitarra, teclado, baixo e bateria).
O que me impulsionou a gostar da Legião foram as letras. Mas, tudo neles me agradava: a voz e a forma de como Renato Russo interpretava as canções que ele escrevia, a batida que Marcelo Bonfá fazia em sua bateria e os acordes que Dado Villa-Lobos tocava em sua guitarra. Era tudo tão simples e ao mesmo tempo tão sofisticado. Até hoje quando escuto ou leio alguma letra, volto a sentir aquela sensação indescritível de anos atrás.
Ao longo do tempo adquiri bastante material da banda ou de algum integrante em especial. Entre estes, está Alfabeto Urbano, um caderno escrito por mim, quando tinha 16 anos. Nele contém todas as letras da Legião Urbana em ordem alfabética e cronológica todas as poesias escritas por Renato Russo. Este poeta genial do rock que nasceu dia 27 de março de 1960 no Rio de Janeiro e que em apenas 36 anos escreveu sua marca no mundo da música e nos corações perfeitos dos filhos e netos da revolução.


Obrigado Legião Urbana.







Urbana Legio Omnia Vincit
Ouça No Volume Máximo
Força Sempre





Brasilino Júnnior, 27 de março de 2013. 



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

-A ALEGRIA SOLITÁRIA DE MIM MESMO-


É estranha a sensação de ser ou estar feliz sozinho. Enquanto o coração está radiante de felicidade lá dentro, os movimentos do corpo aqui fora parecem denunciar outras sensações internas. Senti-me hoje assim, aliás ontem, pois os ponteiros do relógio na parede já anunciam um novo dia.

Independente se hoje já é amanhã ou ontem ainda está no hoje, o fato é que quando se está tomado por inteiro de alegria, seja lá qual for o motivo dela, sentimos a sensação de culpa por estarmos naquele estado sozinho, enquanto as outras pessoas próximas a você, embora não estejam melancólicas, não estão sorridentes e não estão nem aí para a alegria que deixa seu perfume em todo o ambiente.

Não cheguei a muitas conclusões. Nem sei se minha intenção era esta. Só sei que sou diferente: Costumo alegrar-me com os alegres e me entristecer com os tristes. E nem preciso conhecê-los pessoalmente. Sem forçar a barra para que isso aconteça, lógico! Não sou imune a sentimentos alheios. Sem perceber, já estou contaminado e contagiando quem estiver por perto.

Sem perceber, deixo escapar entre uma gargalhada e um riso, algum indício exterior que demonstre que estou bastante feliz. Como não sei quando ela vai embora, já que a tristeza pode voltar a qualquer hora, aproveito o momento, sem muito me preocupar com o tempo que ele vai durar.





Escrito por Brasilino Júnnior nas datas 13/12/12 às 12:46 am e 06/02/13 às 09:15 am em São Luís-MA.
                                     

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

SOBRE OS TEUS E OS MEUS SONHOS


O ano começa e começamos a planejar várias coisas. Muitas delas que poderiam ter sido concretizadas no ano que acabou de acabar. O reinício da rotina, após trocas de presentes e mensagens calorosas, faz com esqueçamos rápido tudo aquilo que desejamos e almejamos. Todos aqueles que beijamos e abraçamos…

Tudo porque deixamos os nossos sonhos apenas na vontade que eles se realizem por conta própria, como num passe de mágica. Fazendo questão de esquecer que eles (os nossos sonhos) só chegam até nós, trazidos pelas nossas mãos suadas, quando vamos até onde eles estão. Eles nunca vem apenas pelo sopro do vento. Alguns sim, mas não ficarão por muito tempo.

É por isso que estou escrevendo sobre isso. Pois me lembrei agora de tantas felicitações de pessoas que só me aparecem entre o Natal e o 1º dia do mês de janeiro. E somem de mim durante todo o resto do ano.

 É, estou do lado daqueles que ouvem as palavras que não se praticam. Daquelas que enfeitam cartões e caixas de entrada apenas. Mas, estou também do lado dos que no dia-a-dia lutam para realizar os sonhos que moram na mente e que fazem bater mais forte o coração.
Dos mais simples, como estar todos os dias do ano com quem só surge eventualmente, aos mais nobres, como se você estivesse no mais alto nível de um pódio.

Falando nisso, vou correr atrás dos meus nobres e simples! E você? Vai continuar do mesmo lado dos braços cruzados?


Brasilino Júnnior, 28 de janeiro de 2013.
São Luís-MA, 05:23 PM