É estranha a
sensação de ser ou estar feliz sozinho. Enquanto o coração está radiante de
felicidade lá dentro, os movimentos do corpo aqui fora parecem denunciar outras
sensações internas. Senti-me hoje assim, aliás ontem, pois os ponteiros do
relógio na parede já anunciam um novo dia.
Independente
se hoje já é amanhã ou ontem ainda está no hoje, o fato é que quando se está
tomado por inteiro de alegria, seja lá qual for o motivo dela, sentimos a
sensação de culpa por estarmos naquele estado sozinho, enquanto as outras
pessoas próximas a você, embora não estejam melancólicas, não estão sorridentes
e não estão nem aí para a alegria que deixa seu perfume em todo o ambiente.
Não cheguei
a muitas conclusões. Nem sei se minha intenção era esta. Só sei que sou
diferente: Costumo alegrar-me com os alegres e me entristecer com os tristes. E
nem preciso conhecê-los pessoalmente. Sem forçar a barra para que isso
aconteça, lógico! Não sou imune a sentimentos alheios. Sem perceber, já estou
contaminado e contagiando quem estiver por perto.
Sem perceber, deixo escapar entre uma gargalhada e um riso, algum indício exterior
que demonstre que estou bastante feliz. Como não sei quando ela vai embora, já
que a tristeza pode voltar a qualquer hora, aproveito o momento, sem muito me
preocupar com o tempo que ele vai durar.
Escrito por
Brasilino Júnnior nas datas 13/12/12 às 12:46 am e 06/02/13 às 09:15 am em São
Luís-MA.